Cá estamos nós,
de um lado, pedras depositadas em pequenos espaços de concreto.
do outro lado, nada mais que a concretude que ignora as pedras.
Cravadas ao vento,
as pedras insistem em rolar
por nossos sonhos mais bisonhos,
devaneiam-se de nossos sentidos
cada vez mais castos
o que é da concretude é viril, é armada.
Cada pedra rolada
é só pedra rolada.
em nossos sonhos
cada pedra rolada,
é só pedra rolada em companhia de tantas outras pedras,
tantos outros caminhos.
Nossas pedras são enormes,
agigantam-se sob os pequenos espaços de concreto.
Cá estamos nós,
tomara junto às pedras.
Cá estaremos nós, em imensos espaços de concreto
onde a concretude não solidifique
nosso rolar entre pedras
cá estaremos nós,
tomara junto às pedras,
são elas que rolam os sonhos,
sonhar é pedra.
sonhar é resistir no concreto.
O SONHO E A PEDRA
Este é um espaço livre, num mundo livre. Porém, nem sempre liberdade significa liberdade da vida. Talvez aqui, sob os entendimentos de uma ciência, curiosa como seus aprendizes, amparada pelo significado da poesia, a gente possa vislumbrar uma liberdade possível. Não há saída não é? Então qual Liberdade vislumbrar? Como diz nossa amiga Cecilia Meirelles, talvez aquela mesmo, "que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda" liberte-nos. À liberdade então.
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