Cá estamos nós,
de um lado, pedras depositadas em pequenos espaços de concreto.
do outro lado, nada mais que a concretude que ignora as pedras.
Cravadas ao vento,
as pedras insistem em rolar
por nossos sonhos mais bisonhos,
devaneiam-se de nossos sentidos
cada vez mais castos
o que é da concretude é viril, é armada.
Cada pedra rolada
é só pedra rolada.
em nossos sonhos
cada pedra rolada,
é só pedra rolada em companhia de tantas outras pedras,
tantos outros caminhos.
Nossas pedras são enormes,
agigantam-se sob os pequenos espaços de concreto.
Cá estamos nós,
tomara junto às pedras.
Cá estaremos nós, em imensos espaços de concreto
onde a concretude não solidifique
nosso rolar entre pedras
cá estaremos nós,
tomara junto às pedras,
são elas que rolam os sonhos,
sonhar é pedra.
sonhar é resistir no concreto.
O SONHO E A PEDRA
Este é um espaço livre, num mundo livre. Porém, nem sempre liberdade significa liberdade da vida. Talvez aqui, sob os entendimentos de uma ciência, curiosa como seus aprendizes, amparada pelo significado da poesia, a gente possa vislumbrar uma liberdade possível. Não há saída não é? Então qual Liberdade vislumbrar? Como diz nossa amiga Cecilia Meirelles, talvez aquela mesmo, "que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda" liberte-nos. À liberdade então.
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quinta-feira, 4 de julho de 2013
VONTADE DE OLHAR
Olhando por um lado, a festa já acabou,
A música não toca mais, nem o garçom serve bebida alguma.
Não há mais rostos perdidos em meio ao temporal que começou.
Onde todo mundo se enfiou? "Estão se protegendo da chuva!" Alguém dirá.
Como pode este alguém não se aventurar em seus medos e ali permanecer na chuva?
É a festa, que insiste em não acabar.
Alguém pode ouvir esta canção, em meio a este temporal?
Linda a melodia da chuva, talvez o mais belo acorde desta canção.
Um brinde ao temporal! Garçom, por favor...
Celebre conosco o que ninguém quer contemplar, celebre sua folga momentânea,
Pode até manter o equilíbrio, e equilibrar-se para manter uma vontade de poder.
É feita desta vontade esta festa,
Uma vontade de festa!
Enfim, um motivo para festejar,
Um festejar algo, motivar o festejo,
Motivar o motivo, algo a motivar,
Um brinde às vontades sem motivo!
Nossas maiores vontades são encerradas em pequenos tragos de instantes possíveis
Nenhuma bebida desce tão macia ao paladar,
Ao palatino, ao desatino.
Somos de fato, pequenos tragos de nós mesmos,
Garçom, por favor, brinde conosco! Brindemos o temporal e sua vontade de festa!
Enfim, um temporal. Ouvem-se canções ao fundo.
Olhando por um lado, não há festa,
Há vontades de festa em temporais.
Temporal. Há temporal.
Atemporal.
A música não toca mais, nem o garçom serve bebida alguma.
Não há mais rostos perdidos em meio ao temporal que começou.
Onde todo mundo se enfiou? "Estão se protegendo da chuva!" Alguém dirá.
Como pode este alguém não se aventurar em seus medos e ali permanecer na chuva?
É a festa, que insiste em não acabar.
Alguém pode ouvir esta canção, em meio a este temporal?
Linda a melodia da chuva, talvez o mais belo acorde desta canção.
Um brinde ao temporal! Garçom, por favor...
Celebre conosco o que ninguém quer contemplar, celebre sua folga momentânea,
Pode até manter o equilíbrio, e equilibrar-se para manter uma vontade de poder.
É feita desta vontade esta festa,
Uma vontade de festa!
Enfim, um motivo para festejar,
Um festejar algo, motivar o festejo,
Motivar o motivo, algo a motivar,
Um brinde às vontades sem motivo!
Nossas maiores vontades são encerradas em pequenos tragos de instantes possíveis
Nenhuma bebida desce tão macia ao paladar,
Ao palatino, ao desatino.
Somos de fato, pequenos tragos de nós mesmos,
Garçom, por favor, brinde conosco! Brindemos o temporal e sua vontade de festa!
Enfim, um temporal. Ouvem-se canções ao fundo.
Olhando por um lado, não há festa,
Há vontades de festa em temporais.
Temporal. Há temporal.
Atemporal.
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