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segunda-feira, 4 de junho de 2012

A odisséia de todos nós


Nenhum lugar é mais imenso que o de nossa própria existência. De todos os lugares possíveis, nossa imensidão se confunde com a imensidão do mundo que habitamos. Não se existe sem ser imenso, em momento algum. no meio desta imensidão, o convite ao reducionismo de nossos espaços de vida ainda perdura. A experiência da vida é minimizada para que ela seja sua própria produtora de reducionismo.
É muito pouco pra nossa imensidão não é?
Nossa imensidão também é poesia:


Plutão caiu,
Já não é mais aquele planeta distante,
já não se distancia do Sol como antes,
Nem notícia Plutão é mais,
nem notícia de Plutão se tem mais,
nenhuma nota sobre antigos festivais.
Que será feito das estrelas que brilhavam nestes palcos plutonianos?
Qual o destino aos que como Plutão caíram?
Pra onde cai um planeta?
Não há mais vagas no buraco negro.
Estão todos olhando pra ele,
Todos nós queremos olhar para este buraco negro.
Qual vista vislumbrar por ali?
Tomara que Plutão por ali esteja,
Com aquela sua distância imensa,
Pois deste modo ainda percebemos o Sol,
Tomara que Plutão por ali esteja,
Com suas estrelas e festivais,
A melodia plutoniana ecoa do espaço, ocupa o espaço,
este espaço feito de todas as estrelas do mundo,
somos também um pouquinho de Plutão.
Cada Plutão que existe em nós tem um festival.
Toda melodia que ecoa em nós é a melodia do espaço.
Nosso espaço, nossas estrelas.
Plutão caiu?

                                                                         E Plutão?
                                                                      Matheus R. Prudenciatto